Alzheimer pode ser detectado 25 anos antes do aparecimento de sintomas, diz estudo.



Cientistas americanos analisaram as mudanças que sofre o corpo de um portador da doença décadas antes de se tornar sintomática


Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram que o Alzheimer começa a se desenvolver no corpo humano cerca de 25 anos antes de os primeiros sintomas aparecerem. Assim, eles conseguiram pensar em uma forma de detectar a doença no indivíduo muito antes de ela se manifestar. 
O estudo publicado no periódico New England Journal of Medicine, selecionou 129 pessoas com predisposição genética para desenvolver a doença. Os participantes tinham 50% de chance de herdar um dos três genes conhecidos pela ciência por provocar o Alzheimer.
Os cientistas analisaram o progresso desses pacientes por meio de exames de sangue, de líquor – um fluido presente no cérebro –, de processos que fazem imagens cerebrais, além de testes de habilidades mentais e cognitivas. Eles estudaram ainda detalhes do desenvolvimento da doença nos pais dos participantes, como a idade em que ela começou a aparecer.
Já 15 anos antes do início da doença, aglomerados de uma outra proteína, chamada beta-amilóide, se tornam visíveis em imagens do cérebro. Diferentes análises mostraram ainda o encolhimento de algumas estruturas do cérebro, além do aumento no nível de uma proteína tóxica chamada tau no líquor. A partir disso, os pesquisadores desenvolveram uma lista de mudanças no corpo que levam à perda de memória e podem estar associadas à doença. Uma dessas alterações é a queda no nível de uma proteína conhecida como amilóide, que pode ser detectada no líquor até 25 anos antes de o Alzheimer se tornar sintomático.
Agora, os pesquisadores planejam usar as informações do estudo para testar medicamentos em pacientes que apresentam estas alterações no corpo, o que indica que podem chegar a desenvolver o Alzheimer, antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
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